Otimismo brasileiro
Por Vinícios Poloni Sant’ Anna
Parece que a palavra que mais caracteriza o brasileiro no cenário mundial atual é otimista. Nos últimos dias, o otimismo brasileiro em relação à economia foi destaque em vários jornais. Com relação ao futuro da economia mundial, por exemplo, de acordo com pesquisa Gallup Internacional, o povo brasileiro é o quinto mais otimista.
Recentemente, a Ipsos Global @dvisory publicou a edição de janeiro de sua pesquisa The Economic Pulse of the World. O estudo, que contou com a entrevista de cerca de 19 mil pessoas de 24 países, examina a avaliação dos cidadãos sobre o atual e o futuro estado da economia de seus respectivos países. Com relação às expectativas da população quanto a situação futura da economia, os entrevistados respondem a seguinte pergunta:
“Olhando para além dos próximos seis meses, você espera que a economia de seu país esteja: muito forte, um pouco forte, praticamente a mesma, um pouco fraca, ou muito mais fraca que agora?”
Considerando as respostas muito mais forte e um pouco mais forte como sendo otimistas, o Brasil foi o país com melhores expectativas para a economia. 78% dos entrevistados brasileiros dizem esperar um fortalecimento econômico do país, enquanto que nos países europeus, como a França, por exemplo, registraram percentuais de otimismo muito baixos.
No agrupamento por regiões, a mais otimista foi a América Latina, com 52%, seguida pelas nações do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), que registraram 50% de otimismo. Os mais pessimistas foram os europeus, com apenas 16% de otimismo.
Galera, se não me engano li uma informação de que esse nível de otimismo está inferior ao do ano passado. Não seria um dado importante que falta para essa informação e para a discussão que foi realizada hoje a tarde?
Abraços
Olá Marco Antonio,
Você tem razão. A mesma pesquisa aponta que, em março de 2010, 79% da população brasileira estava otimista com relação ao futuro da economia. Além disso, já se verifica uma queda do otimismo brasileiro em outros estudos. Por exemplo, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), publicado pela CNI, registrou queda de 1,5% em janeiro de 2011 em comparação com dezembro de 2010.
Agora, voltando ao estudo da Ipsos, note que, de março de 2010 até agora, o índice de otimismo caiu apenas 1 ponto percentual no Brasil, enquanto que outros países experimentaram quedas muito maiores, como a China (13 pontos percentuais) e a Índia (5 pontos percentuais), no mesmo período (veja pg.46 do relatório). Isso ainda garante ao Brasil o status de país mais otimista, segundo a Ipsos.
Vale destacar também que a pesquisa foi realizada em 2010 e publicada em janeiro de 2011. Estou certo de que quedas no otimismo serão registradas em breve por esses indicadores. Mas será que essas quedas serão suficientes para tirar o Brasil do posto de mais otimista, no curto prazo?
Pra mim, otimismo exagerado do brasileiro é infundado.A grande maioria da população brasileira não se informa da realidade.
O problema do brasileiro é justamente seu otimisto que substitui a atitude!
O brasileiro é alegre, se preocupa pouco com economia. Precisa ter um desequilíbrio econômico pra que passem a se preocupar.
otimismo (quase) sempre tem efeitos positivos sobre a economia, então é bom q o brasileiro seja otimista
“Os miseráveis não têm outro remédio a não ser a esperança.” Shakespeare
O brasileiro é um povo sonhador. O que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele pode ser realizado.
Teremos Copa em 2014 e olimpíada em 2016, quer coisa melhor do que a política do Pão e Circo? otimismo justificado.
O aumento dos preços dos alimentos têm tido peso maior no orçamento dos pobres. Eu realmente não entendo esse otimismo todo.
O positivismo brasileiro é reflexo de uma política econômica NUNCA realizada no Brasil. Leia A história Econômica
Otimismo? temos que ter! sempre! no início de um novo mandato de presidente, todos devem crer que as coisas melhorarão.
Os comentários abaixo que começarem o nome com ‘@’ são respostas que nossos seguidores nos enviaram via Twitter para a seguinte pergunta: “Olhando além dos próximos 6 meses, você espera que a economia brasileira esteja: mais forte, praticamente a mesma, ou mais fraca que agora?”
Mais forte, é claro!
Da forma como o governo está tratando a inflação, acredito que a economia estará praticamente a mesma.
Acredito que a economia brasileira vai estar na mesma: aumentando a tx de juros p controlar a inflaçao, um novo aumento do IOF
Praticamente a mesma, o que, na minha opinião, é auspicioso.
A economia deve desacelerar para trazer a inflação para o centro da meta e as contas públicas para o equilibrio fiscal.
Creio que esse ano, o governo deva focar no ajuste da Economia, então pra 6 meses não teremos um crescimento significativo.
Acho que economia está em nível bom e sua manutenção neste patamar é positivo.
Com o governo Dilma no começo, a economia será empurrada para um trilho mais conservador (quanto ao controle da inflação)… E como mostrou Kuntz, não haverá um “presente” chinês para fechar as contas. O juro vai subir e o crédito fácil será contido. E, ainda, Brasil terá de voltar a conviver com dólar fraco. Exportar sem depender de muletas. Eis o desafio (de sempre).
Descontando lobbies e jogos de interesse, ela DEVERIA estar focada em AJUSTES daqui a 6 meses, vide Europa, vide mundo.
Tenho otimismo sim em relação a economia brasileira! Agora, precisamos q Dilma, Mantega e cia barrem o capital especulativo! Além do mais, o fortalecimento do mercado interno é fundamental…